De acordo com a Norma ABNT NBR 12779, toda mangueira de incêndio deve ser inspecionada a cada 6 meses e ser submetida a ensaio hidrostático e manutenção a cada 12 meses, analisando com cuidado, também seus componentes (união, junção, abrigos etc), considerando estar sempre em boas condições e pronta para ação.
A União Forte realiza a manutenção em mangueiras de hidrante compreendendo as atividades de teste hidrostático, reparos, empatação, limpeza e secagem.
Após o ensaio hidrostático, a mangueira deve retornar, preferencialmente, para o mesmo hidrante ou abrigo em que se encontrava antes do ensaio.
TESTE HIDROSTATICO EM MANGUEIRA DE HIDRANTE
A primeira parte do teste hidrostático em mangueiras de incêndio é visual.
A mangueira não pode apresentar abrasão, machas e resíduos de produtos químicos e ausência de marcação conforme ABNT 11.861.
Além disso, a união não pode apresentar deformidades, devem acoplar de maneira suave e não podem ter deslizado em relação a mangueira.
Dependendo das condições da mangueira ela pode ser reprovada já no teste visual, sem haver a necessidade de se realizar o teste.
Esse serviço de inspeção deve verificar:
- Comprimento da mangueira: é de suma importância para garantir o alcance e a área de cobertura originalmente projetada. Após a inspeção, somente deverão retornar para uso as mangueiras que apresentarem comprimento até 3% inferior ao seu comprimento nominal.
- Desgaste por abrasão e/ou fios rompidos na carcaça têxtil, principalmente na região do vinco.
- Presença de manchas e/ou resíduos na superfície externa proveniente de contato com produtos químicos ou derivados de petróleo.
- Desprendimento do revestimento externo.
- Evidência de deslizamento das uniões em relação à mangueira.
- Dificuldades para acoplar o engate das uniões (os flanges de engate devem girar livremente).
- IMPORTANTE – Recomenda-se que também seja verificada a dificuldade de acoplamento das uniões com o hidrante e com o esguicho da respectiva caixa/abrigo de mangueira. É permitido utilizar chave de mangueira para efetuar o acoplamento. Esta verificação pode ser feita pelo usuário.
- Deformações nas uniões provenientes de quedas, golpes ou arraste.
- Ausência de vedação de borracha nos engates das uniões ou vedação que apresente ressecamento, fendilhamento ou corte.
- Ausência de marcação conforme a ABNT NBR 11861.
Esses são os problemas que podem inutilizar a mangueira ou torna-la insegura em utilizações futuras, ao que denominamos: CONDENADA. Sendo assim, ao apresentar esses defeitos, é necessário realizar a troca da mangueira.
A segunda parte é a realização do teste hidrostático
Uma das extremidades da mangueira é acoplada na máquina de teste e na outra se coloca um tampão.
A mangueira então, é preenchida com água, pressurizada de acordo com a norma – Tipo 1 (12kgf/cm²) Tipos 2,4 e 5 (17kgf/cm²) Tipo 3 (18kgf/cm²) – e deve suportar a pressão por 1 minuto.
Com a mangueira pressurizada é possível verificar se há vazamentos. Se for encontrado qualquer vazamento, por menor que seja, a mangueira será reprovada.
A pressão é aliviada e mangueira deve ser seca antes de ser enrolada. Caso a mangueira seja reprovada, deve conter a inscrição “REPROVADA” escrita em letras grandes em suas extremidades e no meio.
EMPATAÇÃO DE MANGUEIRA DE INCÊNDIO
Na realização do teste, algumas mangueiras que são reprovadas, podem ainda ser reaproveitadas.
Problemas como uniões desgastadas ou mal vedadas e vazamentos, podem ter salvação.
Existe apenas uma condição, a mangueira não pode perder mais de 2% de seu tamanho nominal. Ou seja, para uma mangueira de 15 metros, apenas 30 centímetros.
A empatação nada mais é do que, cortar a ponta da mangueira onde está a união desgastada ou furo e substituir por uma nova união, dando assim, nova vida a mangueira, sempre respeitando as normas vigentes.
ADUCHAMENTO
Ato de enrolar a mangueira de forma a permitir que a mesma permaneça bem acondicionada, e propiciando uma forma fácil de transporta-la e prepará-la para uso com rapidez; acondicionamento de mangueira com o objetivo de preservá-la.